quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A verdade sobre Jesus Cristo e sua relação com a Maçonaria

Jesus Cristo é a figura central do Cristianismo, onde é adorado e venerado como Deus, mas no Islamismo ele é considerado apenas como um profeta importante e no Judaísmo alguns o consideram como um profeta e outros até como um apóstata (aquele que se desviou do caminho da fé).



Existe grande dificuldade de se reconstituir a vida de Jesus por falta de registros históricos independentes, pois a maioria das informações são encontradas apenas nos evangelhos canônicos. Ultimamente os estudiosos tem procurado correlacionar os relatos encontrados no Novo Testamento com informações de outras fontes.

Acredita-se que Jesus se apresentou como o Messias prometido e que ele procurou cumprir muitas das profecias messiânicas do Antigo Testamento, embora isto seja encarado com ceticismo pelo Judaísmo, em função do sofrimento do povo judeu naquela época.

Neste trabalho, iniciamos com algumas considerações a respeito do Novo Testamento, para em seguida detalhar sobre a importância da Shekinah, fenômeno que parece ter sido a base de todas as profecias a respeito do novo messias e que ficou registrada na história do Cristianismo como a “Estrela da Manhã”.

Após analisarmos como Jesus se comportou a respeito do cumprimento das profecias, passamos a analisar a vida e milagres de Jesus, detendo-nos especialmente no conteúdo das suas mensagens transmitidas no “Sermão da Montanha”.

Depois disso, analisamos como, após a morte de Jesus, as ideias do Cristianismo foram construídas por  Paulo de Tarso, como ocorreu a luta de libertação prevista nas profecias e como o Cristianismo chegou a se tornar a religião oficial do Império Romano.

Finalmente, analisamos algumas características do catolicismo gnóstico alternativo e procuramos mostrar como as ideias de Jesus influenciaram a busca por um mundo melhor, pelos Templários, Maçonaria e outras organizações modernas.





Novo Testamento

Os livros do Novo Testamento visam transmitir os ensinamentos a respeito da nova vida representada pela morte e ressurreição de Jesus Cristo.  Eles abarcam um período de quase um século que vão do nascimento de Jesus à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 DC. A chave para entendimento do livro Apocalipse encontra-se no versículo inicial: "Revelação de Jesus Cristo" - seu propósito é apresentar a mensagem do Juizo Final, tendo Jesus Cristo como o Redentor do mundo.

O problema central do Novo Testamento é que seus textos não foram escritos por aqueles que viveram a história, como muita gente supõe, mas por seus seguidores, entre os anos 60 e 70, muitos anos após a morte de Jesus, quando as versões estavam fortemente contaminadas pela fé e por disputas religiosas. Para a maioria dos historiadores, os livros do novo testamento, bem como os textos apócrifos (não aceitos), não podem ser considerados inteiramente fidedignos e nem sempre narram com precisão.

Da mesma forma, a história de Jesus, como veremos neste trabalho, apresenta diversas incongruências. Até mesmo algumas coisas antigas foram alteradas na época do Novo Testamento, como, por exemplo, “O conceito de Pecado Original, derivado da desobediência de Adão e Eva como princípio da história pecaminosa da raça humana, não existia no Velho Testamento judaico”, observa o teólogo Paulo Nogueira. A história do paraíso cristão bíblico provavelmente foi inspirada na lenda do Zenda-Avesta, que conta uma história semelhante associada ao Deus Ormzud dos persas. Nos primeiros séculos, os cristãos inseriram novas passagens e até livros inteiros, ampliando os 22 livros originais, e depois acusaram os judeus de terem apagado essas passagens das suas próprias escrituras.

Ao longo de sua história, os judeus sempre estiveram cercados por povos mais fortes e, sem aliados, sempre contaram apenas com eles mesmos. É impressionante a quantidade e a qualidade dos profetas existente entre o povo de Israel, mostrando que a religião ocupou um lugar central na vida daquele povo. Por exemplo, vários profetas do Velho Testamento fizeram mais de 300 profecias específicas sobre a vinda do Messias: onde ele nasceria, onde cresceria, etc, e centenas de anos depois, Jesus Cristo se preocupou em mostrar que veio cumpri-las. Estas profecias foram baseadas em uma “Estrela”, que atualmente associamos com o fenômeno da Shekinah.




A importância da Shekinah

Shekinah significa esplendor, glória visível ou presença radiante de Deus habitando no meio do seu povo. Segundo (13.21; 14.19), a Shekinah apareceu pela primeira vez quando Deus conduziu Israel para fora do Egito e o protegeu por meio de "uma coluna de nuvem e de fogo"

Segundo C. Knight e R. Lomas, em O Livro de Hiram, o fenômeno da Shekinah se repete a cada 480 anos, ou seja, a cada 12 ciclos de 40 anos, causado pela conjunção dos planetas Mercúrio e Vênus, que, vistos da Terra, se sobrepõem e parecem uma única estrela, gerando uma luz extremamente brilhante e avermelhada na pré-aurora do solstício de inverno. Este fenômeno era considerado como uma grande manifestação divina.

Os profetas do Antigo Testamento acreditavam que o esperado aparecimento da Shekinah no ano 7 AC anunciaria o surgimento de um Messias, que seria o grande salvador nacional. Nesta data, completaria o perfeito ciclo de 1440 (três vezes 480) anos desde a época que Moisés conduzira seu povo através do Mar Vermelho e considerava-se que o retorno a este ponto de partida nos céus significaria que a vida em Israel também se renovaria e que um “novo Moisés” surgiria para conduzir o povo eleito de Deus e para libertá-lo daqueles que o oprimiam.

Os Judeus não esperavam que este Messias seria o próprio Deus ou o  “Filho de Deus”, conceitos que surgiram apenas mais tarde com os Cristãos, que também chamariam, incorretamente, a Shekinah de “Estrela de Belém” e calculariam erroneamente a data do nascimento de Jesus como sendo no ano 1 do novo calendário.  Na realidade, o que os Judeus esperavam, com base nos seus profetas, era apenas um homem mandado por Deus, que fosse o seu rei e os conduzisse numa vitória contra os romanos, que eram os seus opressores desde 63 AC. Além disso, antes dos romanos eles haviam sido subjugados por assírios, babilônios, persas, macedônios, selêucidas e ptolomeus. Por isso os judeus sonhavam com o retorno de um monarca forte como o rei Davi, que garantira, por volta do séc 10 AC, um tempo de duradoura estabilidade.

Embora os cristãos hoje não aceitem a Astrologia, o conhecimento dos movimentos nos céus, especialmente aqueles associados com a Shekinah, era uma das crenças centrais dos grupos judeus que deram origem ao cristianismo.  Existem evidências de que os escritores do Velho Testamento foram levados pela crença de que os eventos nos céus regiam a Terra.

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